À medida que todos os olhares se voltam para o desmatamento das florestas brasileiras e a crescente degradação do meio ambiente, o uso da madeira nativa vai sendo, gradativamente, posto à prova. Contudo, pra quem acha que não é possível construir sua casa sem desrespeitar a natureza, a resposta pode ser diferente. Para muitos estudiosos, a solução não está no simples ato de baní-las, pois isso atestaria a falta de valor das florestas. O uso moderado, consciente e, principalmente, fiscalizado é a melhor alternativa, nesse caso.
Para quem quer construir sua casa própria a partir da madeira, esse cuidado é redobrado. Vários itens, que vão desde o telhado até a estrutura geral da casa devem ser respeitados.
Falando em estrutura do ambiente, na hora de escolher a madeira para casas, a melhor opção é optar por madeiras de alta densidade., pois, em geral, quanto mais pesada ela for, maior a resistência mecânica e a durabilidade que ela proporcionará. As espécies nativas têm densidade e muito mais resistência, quando expostas à ataques de fungos e cupins. Apenas a madeira conhecida como tatajuba possui densidade e resistência médias, o que não garante total proteção, nesse caso.
No telhado da casa, a garapeira é sempre bem vinda! Somente nas hora dasa chuvas que ela inspira maiores cuidados, pois apodrece rápido. Por isso, deve sempre estar bem protegida. O cambará também é indicado, mas seu alburno (a parte externa da madeira) contém muito amido, que pode servir de atrativo para os cupins comê-lo. Mais uma vez, a proteção é indispensável. Alguns outros tipos, como o angelim-vermelho e a cupiúba, apesar de serem muito resistentes, produzem um cheiro não muito agradável, o que, teoricamente, pode dificultar suas utilizações. Cobertos por forro, longe da umidade e com uma boa camada de stain (aquele produto específico para acabamento de madeiras), talvez o odor possa diminuir um pouco, mas ainda sim, será forte.