Para que seja possível equilibrar o consumo de árvores nativas, o Brasil conta, há muitos anos, com espécies plantadas. O Pínus e o eucalipto, espécies de madeira para casas muito utilizadas, podem ser cortadas com idade entre 10 e 15 anos, enquanto qualquer nativa requer mais de 30 anos, para isso. Mas, para que o uso dessas madeiras não se torne desmedido e prejudique a natureza, alguns cuidados devem ser tomados, já que essas árvores não contam com alta resistência natural, e requerem o tratamento químico a base de auto-clave.
Para estruturas de madeira, sejam nativas ou fruto de reflorestamento, evitar ao máximo o desperdício significa poupar árvores. Sendo assim, o projeto e dimensionamento exatos da estrutura de madeira são imprescindíveis. A vantagem de construir a partir desse material reside na limpeza da obra e na leveza das peças, que resultam em fundações mais simples, sem deixar de serem firmes. Contudo, pode ser melhor evitá-lo, em alguns casos, por conta da sensibilidade à umidade, que apresenta. Sobretudo, em construções enterradas e subsolos.
Para projetos em que é preciso vencer grandes vãos, cima de 6 metros, o ideal é fazer uso de um sistema com madeiras laminadas coladas, que são fixadas umas nas outras, industrialmente, conseguindo, assim, formar peças maiores. Já para guarnições e lambris, o ideal é adotar espécies de fibras retas e que foram secadas em estufas, para não se movimentarem nem empenarem. São recomendadas a freijó, a credo-rosa, angelim-pedra e a jequitibá-rosa. Para os lambris, tipos macios e fáceis de trabalhar são os mais indicados, como a cedrinho a caixeta e, novamente, freijó e angelim-pedra.